
Por Markus DaSilva, Th.D.
A graça não substitui a santificação. Parece óbvio, mas tenho visto um grande número de cristãos que, intencionalmente ou não, confundem esses princípios básicos da vida cristã. Basta eu escrever algo sobre a santificação, basta eu exortar os irmãos a abandonarem algum pecado, que logo alguém brada: “Somos salvos pela graça!” Como se a função da graça fosse viabilizar o pecado. A graça não é uma autorização para pecar, mas sim o dispositivo divino pelo qual o nosso caminhar em santidade torna-se possível. Como assim? Eu explico. Se não fosse a cruz de Cristo nenhum ser humano poderia fazer qualquer coisa de valor perante o Pai (Is 64:6). Mas, ao confessar Jesus como o meu salvador, sou comprado, remido, salvo, transformado, e a sua perfeição é contada (sem qualquer merecimento) como minha (Cl 1:28). Assim, minha obediência, meu caminhar santo, sobe ao Pai como um aroma agradável. Isso porque já não sou eu que o faço, mas o Espírito de Jesus que vive em mim (Ro 8:9). Esse caminhar em santidade não é apenas agradável ao Pai, mas também é a condição imposta para Vê-lo (Hb 12:14). Por que? Porque agora que Cristo habita em mim eu estou capacitado para ser uma pessoa santa. Antes não, mas agora sim! Não tenho mais desculpas (1Co 6:11).
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