As 12 Táticas (Estratégias) de Satanás Contra o Cristão: Estudo Nº 6: Satanás e as Dúvidas Sobre a Nossa Salvação

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Estudo Bíblico Sobre as Estratégias de Satanás Contra o Cristão. Parte 6: Satanás e as Dúvidas Sobre a Nossa Salvação

Por Markus DaSilva, Th.D.

Quando o cristão duvida da sua salvação ele pode estar sendo influenciado por uma de duas forças opostas. Opostas em métodos e objetivos. A primeira delas é benévola e vem do Espírito Santo, que foi enviado pelo Pai para nos convencer do pecado (João 16:8-11). A voz do Senhor é mansa e suave e podemos sentir que o seu alvo é nos trazer de volta ao caminho da retidão que todos nós, os santos do senhor, temos que percorrer até chegarmos à nossa morada final (Acessar série sobre a santidade). Já a segunda força é malévola e vem de Satanás. A sua voz é ríspida e acusadora, tendo como meta nos fazer desanimar e desistir do caminho santo e assim participarmos com ele do seu triste final (Apo 12:10). Este estudo, como sugere o título, focará na voz do inimigo. Se o Senhor nos direcionar, escreveremos sobre a missão do Espírito Santo em um outro texto.

“O nosso relacionamento com Deus não é baseado em ideias e teorias, mas em fatos.”

A Paciência de Deus

Um dos maravilhosos atributos de Deus é a sua paciência com o ser humano. Paciência que Ele demonstra com todos nós, mas de uma forma muito especial com os seus escolhidos: “Por isso o Senhor esperará a hora certa de ser bondoso para convosco; e por isso se levantará, para se compadecer de vós” (Isa 30:18).  Essa paciência de Deus para conosco está diretamente ligada ao fato dele saber muito bem de que material fomos feitos: “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Sal 103:14). Sim, Deus sabe que a nossa pobre carne é fraca e que somos presas fáceis para um inimigo forte, decidido e implacável, que coloca dúvidas na nossa mente sobre de onde viemos, quem somos, e para onde vamos.

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O Cristão e as Dúvidas

Primeiramente, deixe-me lembrá-los que não somos os únicos a sofrer com dúvidas. Praticamente todos os grandes nomes da Bíblia tiveram os seus momentos de dúvidas e fraquezas. Poderia mencionar Abraão, Moisés, Davi, Elias… mas vou me limitar àquele que Jesus classificou como “o maior de todos os nomes nascido de mulher” (Luc 7:28): João Batista. Da prisão de Herodes, João enviou mensageiros a Jesus com uma pergunta que ilustra muito bem o fato de que todos nós, incluindo os gigantes da fé, somos susceptíveis às dúvidas esporádicas: “És tu aquele que havia de vir ou devemos esperar por outro?” (Mat 11:2-3). Lembrem-se que esse foi o mesmo João, que um tempo antes disse ao Ver Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29).

Satanás Insere Dúvidas na Mente do Cristão

O profeta questionou se Jesus era de fato o tão esperado Messias, algo que o próprio João havia anunciado quando ainda se encontrava batizando no Jordão. Ninguém sabe ao certo as mentiras que Satanás sussurrou nos ouvidos de João ao ponto de ele duvidar da identidade de Cristo, mas possivelmente o inimigo sugeriu ao profeta que se Jesus fosse realmente o Filho de Deus ele já teria assumido a sua posição como líder militar, deposto a Herodes, e lhe colocado em liberdade. Esse era um conceito comum e falso da missão do Messias nos dias de João Batista (João 6:15).

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Satanás sempre coloca dúvidas na nossa cabeça baseado em conceitos falsos sobre  como deve ser o nosso relacionamento com o Senhor, e depois sugere que falhamos na nossa parte e que, portanto, não fazemos parte dos salvos. A verdade é que se Deus estendesse a graça da salvação somente para aqueles que não falham, ninguém se salvaria (ver série sobre a graça).

A Nossa fé é Baseada em Fatos

Mas, voltando ao exemplo de João Batista, o mais incrível nessa história não foi a dúvida do profeta, mas sim a resposta que lhe foi enviada. Jesus pôs abaixo o ataque de Satanás utilizando de fatos: “Ide, e contai a João o que tens visto e ouvido: os cegos veem, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho” (Luc 7:22).

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O nosso relacionamento com Deus não é baseado em ideias e teorias, mas em fatos: “Ide, e contai a João o que tens visto e ouvido”. Ou seja, Jesus não pediu a João que tivesse mais paciência, ou que fosse mais otimista; Jesus tampouco acusou a João de ter pouca fé, ou de que não estava confiando na graça. Não houve nenhuma pregação de autoajuda. O Senhor o lembrou que deveria se apoiar nos fatos irrefutáveis. Isso me lembra da frase de Nicodemos: “Ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (João 3:2). Esse é um fato.

O Falso Evangelho Teórico

Uma grande parte das dúvidas sobre a salvação do cristão é porque o evangelho que está sendo pregado nestes últimos dias tem sido um evangelho apenas teórico, como se a salvação do pecador dependesse somente da sua atitude mental, sem que ele tenha que tomar qualquer decisão no físico. Das palavras de Jesus, usadas pelos líderes atuais, as que menos se ouvem são: “Vá e não peques mais!” (João 8:11). O conceito do novo nascimento não mais existe pois não é mais necessário que o velho homem morra para herdar o reino de Deus. Esse evangelho teórico é uma afronta direta às palavras de Jesus: “Em verdade, em verdade te digo [Gr. αμήν αμήν λέγω σοι (amín, amín, lego si) exp.idio. verdadeiramente afirmo] que se alguém não nascer do alto [Gr. άνωθεν (ánothen) adv. sent.prim. do alto, de cima; sent.sec. de novo, desde o princípio], não pode ver [Gr. είδον (idon) v. ver, enxergar; fig. perceber, entender] o reino de Deus [Gr. βασίλειο του Θεού (vasílio tu Theú) exp.idio. Reino de Deus]” (João 3:3). Não é de se surpreender que o cristão que vive esse evangelho esteja constantemente questionando a sua salvação, pois todo o seu cristianismo se apoia em sentimentos que são susceptíveis a todos os tipos de influências. Ele não possui nada, ou quase nada, que sirva como um indicador se está ou não no caminho certo.

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Crer e Obedecer é a Chave da Salvação

Queridos, quando o pai da mentira lhes sugerir que vocês não estão salvos, parem e pensem nos fatos. Não se apoiem em sentimentos, mas sim na verdade. Meditem nas claras palavras de Jesus: “quem ouve [Gr. ακούω (akúo) v. ouvir, prestar atenção, entender, considerar] a minha palavra [λόγος (lógos) s.m. palavra, ensino, verbo; tit.div. Jesus], e crê [Gr. πιστεύω (pistévo) v. crer, confiar, estar persuadido] naquele que me enviou [Gr. πέμπω (pémpo) v. enviar, despachar], tem a vida eterna [Gr. ζωήν αιώνιον (zoin eônion) exp.idio. vida eterna] e não entra em juízo [Gr. κρίσις (krísis) s.f. julgamento, perdição, condenação, veredito, justiça], mas já passou da morte para a vida [Gr.  ζωή (zoí) s.f. a vida por completo, alma e corpo]” (João 5:24). Toda a alma fiel a Jesus estará com ele nas mansões celestiais, ponto final. Aliás, a salvação de quem crê e obedece às palavras de Cristo não ocorrerá no futuro, mas já ocorreu. É algo confirmado e selado pelo Espírito Santo. Foi isso o que o apóstolo Paulo nos disse quando escreveu: “Tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Efe 1:13). A chave de tudo está no ouvir e obedecer: “Aquele que tem os meus mandamentos [Gr. εντολή (endolí) s.f. ordem, comando, regra, mandamento] e os guarda [Gr. τηρέω (tiréo) v. guardar, vigiar, manter, preservar], esse é o que me ama [Gr. αγαπάω (agapáo) v. amar]; e aquele que me ama será amado de meu Pai [Gr. πατήρ (patír) s.m. Pai], e eu o amarei, e me manifestarei [Gr. εμφανίζω (emfanízo) v. revelar, aparecer, mostrar] a ele” (João 14:21). A nossa segurança está na nossa obediência. Este é o fato que destrói as acusações do inimigo. Espero te ver no céu.
 

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