Deus e o Sofrimento: Estudo Nº 1: Deus não tem Plano B

Fotografia de uma casa de campo na estacao de outono com Estudo Bíblico - Deus e o Sofrimento (Parte 1) - Por Markus DaSilva

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Por Markus DaSilva

Ando com o Senhor por mais de 30 anos. Durante esse período, já li vários autores cristãos procurando explicar a existência do sofrimento na terra. Geralmente, a dificuldade está em como conciliar algo ruim, como o sofrimento, com um Criador cujo dois dos seus atributos são a onibenevolência (toda bondade) e a onipotência (todo poder). A lógica humana é que se Deus é realmente bom, e se Ele realmente tudo pode, não deveria existir o sofrimento no universo. Jó, na sua angústia reflete muito bem este entendimento: “Contudo não estende a mão a quem está arruinado? Ou para quem clama por socorro na sua calamidade? Não chorava eu sobre aquele que estava aflito? Ou não se angustiava a minha alma pelo necessitado? Todavia aguardando eu o bem, eis que me veio o mal, e esperando eu a luz, veio a escuridão” (Jó 30:24-26).

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Podemos Estudar as Verdades de Deus, Mas Nunca Teremos um Completo Entendimento

Note que mais acima eu disse “lógica humana” porque a Palavra é clara  — e os verdadeiros seguidores de Deus devem aceitar — que não é possível à simples criatura compreender os perfeitos desígnios do Criador: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor” (Isa 55:8). Esse fato certamente não nos proíbe o estudo da nossa condição nesse mundo e de como ela se encaixa com a verdade já revelada por Deus nas Escrituras: “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento” (Sal 32:9).

O Senhor não é homem que precisa de plano B. Deus só tem plano A. Tudo o que Deus quer, dá certo na primeira vez. Deus não tenta, ele executa. Deus não sonha, ele determina.

Os Vários Tipos de Sofrimentos

Qualquer pessoa sabe que existem vários tipos de sofrimentos, mas por causa do pouco espaço que dispomos, estaremos falando do sofrimento de uma forma geral. Não faremos muita distinção nesta mini série entre o sofrimento do culpado, ou seja, a dor que sabemos exatamente porque estamos passando por ela, e o sofrimento do inocente, que é aquele que não se vê nenhuma relação causa-efeito, pelo menos não de uma forma direta. Lembrando que muito frequentemente vemos também casos em que, em um mesmo evento sofre tanto o culpado como o inocente. Independentemente da razão, ou da falta dela, o fato é que o sofrimento existe (João 16:33). Não só existe, mas também é uma experiência universal, afetando a todos os seres humanos sem exceção.

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Deus Nunca Comete Qualquer Engano. O Senhor Não Tem Plano B

Um erro que muitos teólogos cometem é dizer que no “plano original” da criação não era para haver o sofrimento. Como se o mundo onde o sofrimento existe, esse no qual vivemos, fosse o “plano B” de Deus. Embora certamente tenham boas intenções, esse tipo de argumento não tem o menor respaldo bíblico e não passa de uma tentativa frívola de explicar algo muito mais complexo do que querem admitir. O Senhor não é homem que precisa de plano B. Deus só tem plano A. Tudo o que Deus quer, dá certo na primeira vez. Deus não tenta, ele executa. Deus não sonha, ele determina. O Senhor jamais comete enganos: “Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são justos; Deus é fiel e sem erros; justo e reto é ele” (Deut 32:4).

Nada Ocorre no Universo Sem Que Deus Queira Que Ocorra

Além do mais quem é o homem para se ver na obrigação, ou melhor, em posição, de justificar a Deus? (Ecl 8:17). A verdade é que, como já expliquei quando falamos dos atributos de Deus, mais especificamente da onisciência, nada ocorre no universo sem que Deus saiba e queira que ocorra: “Anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não ocorreram; eu digo: O meu propósito se cumprirá, e farei toda a minha vontade” (Isa 46:10). Quando Deus nos diz que tudo aquilo que existe entre o princípio e o fim faz parte do seu propósito, isto certamente inclui todo o tipo de sofrimento.

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Não é Possível Algo Mau Ser o Resultado Final da Obra de um Deus Onibenevolente

Queridos, por causa do espaço limitado, com a aprovação do Senhor continuarei esse assunto no próximo estudo. Por agora, deixe-me lembrá-lo que Deus não atua na nossa vida de uma forma reativa, ou seja, à medida que os sofrimentos surgem. Ele sim, age proativamente, o que significa que os nossos sofrimentos, cada um deles, fazem parte de um plano mestre para nós individualmente, e para a humanidade como um todo (Gen 50:20; Deut 31:8; Isa 45:2). A dor que passamos, seja por nossa culpa ou não, servirá no final para um bom propósito. Digo isso porque não é possível algo mau ser o resultado final da obra de um Deus onibenevolente. Quando Deus terminou a criação e viu que “tudo quanto fizera era muito bom” (Gen 1:31), esse “ver” de Deus não se limitou àquele dia, mas à toda a eternidade. Como filhos de Deus, acreditem, pois vocês verão com os próprios olhos, que “todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rom 8:28). Espero te ver no céu.
 

Nesta Série de Estudos:

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Homem presidiário do pecado sexual segurando uma grade

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