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Estudo Bíblico: Estudo Nº 10: Obediência à Lei e Seus Benefícios.

Por Markus DaSilva, Th.D.

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o estudo passado desta série explicamos que as nossas experiências nesta vida, tanto experiências físicas quanto espirituais, estão diretamente ligadas à nossa proximidade do Criador. Quando nos aproximamos de Deus, experimentamos tudo de bom que ele tem para nos dar: amor, bondade, misericórdia, bênçãos, etc. Da mesma forma, quando nos distanciamos, experimentamos o oposto do que ele tem de bom: ira, raiva, malícia, tristeza, abandono, maldições, etc. Em outras palavras, no nosso relacionamento com Deus, as experiências pelas quais passamos não são causadas pelo próprio Deus, mas sim por nossa distância ou proximidade de sua presença. A boa experiência ressoa e se faz sentir porque tudo o que é bom faz parte de quem é Deus. Diferentemente dos seres humanos, Deus não possui em si o bem e o mal para retribuir aos outros, mas apenas o bem. São as suas criaturas que experimentam o mal ao se distanciarem do bem que Nele existe. Por exemplo, sem Deus o universo é trevas, mas com Deus é luz, sem Deus é inquietação, mas com Deus é paz, sem Deus é morte, mas com Deus é vida.

Os Atributos de Deus

Deus possui vários atributos, sendo que os três mais conhecidos são a onipotência, a onipresença e a onisciência. Atributo é o mesmo que qualidade ou características inerentes. Inerente significa aquilo que faz parte de algo, aquilo que é natural de algo ou alguém. Neste caso os atributos de Deus é tudo aquilo que faz parte, ou é natural Dele. Todo o ser racional possui atributos ou qualidades. Geralmente, porém, o termo “atributo” não é usado para as criaturas, mas apenas para o Criador. Isto porque associamos a palavra atributo com perfeição, ou algo na sua totalidade. Deus é todo sábio, todo bom, todo misericordioso, e também todo correto. Deus possui a perfeição da ordem. Tudo o que vem de Deus é certo e resulta em paz e felicidade. Esta ordem de Deus chega até nós através da sua Lei.

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Como Experimentar o Bem Neste Mundo

A maneira que o cristão experimenta o bem é através da ordem. Estamos bem quando tudo ao nosso redor está em ordem e estamos mal quando o caos começa a se manifestar e se sobrepor à ordem. Estamos péssimos quando o caos ascende ao ponto de reinar em nossa vida. Este caos é o resultado direto do distanciamento da ordem que existe em Deus, e esta ordem é a Lei de Deus. O acesso à ordem de Deus é sempre através da obediência à sua poderosa Lei. Assim que começamos a obedecer a Deus, já nos primeiros passos, o caos começa a ceder o seu lugar de liderança na vida do pecador. Quanto mais obedecemos, mais ele perde o seu domínio, até que eventualmente a ordem assume o seu devido lugar na vida do cristão e ele experimenta o bem que flui do trono de Deus. Não existe ordem à parte da magnífica Lei de Deus. Qualquer tentativa de se obter ordem à parte da incrível Lei de Deus terminará em fracasso, isto ocorre porque a verdadeira ordem só possui uma fonte: Deus.

A Verdadeira e a Falsa Ordem

Todo o bem que vem de Deus é eterno e verdadeiro. Todo o bem que vem de Deus também possui uma versão falsa que o inimigo apresenta ao homem e quase sempre é acolhida por causa do pecado e da guerra espiritual que é travada dia e noite na mente do cristão. Assim que surgem as dificuldades da vida, o inimigo, ou nossa própria mente carnal, começa a sugerir soluções. Neste momento, se o cristão já tem por hábito filtrar as suas decisões pela infalível Lei de Deus, ele iniciou a procura da solução dentro do desejo do Senhor. Ele já se adentrou no caminho da santidade e decidiu que apenas soluções que fazem parte deste caminho serão consideradas. Ele exercitará paciência e confiança, descansando no seu Deus, ciente que o ocorrido não surgiu do nada, mas que faz parte do plano de Deus para a sua vida. É importantíssimo que tenhamos paciência, descansemos com fé no nosso bondoso Pai e não façamos nada fora do caminho da obediência, para que sejamos cobertos com a ordem de Deus e não com o caos do inimigo: “Assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: No arrependimento e no descanso, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força, mas não o quisestes” (Isaías 30:15).

Na prática, para que o cristão se beneficie da verdadeira ordem que vem de Deus quando surgirem os problemas comuns da vida, ele terá que aceitar apenas as soluções que se alinham com a poderosa Lei do Senhor. Por exemplo, se a questão que ele enfrenta tem a ver com a sua vida sentimental, ele apenas irá considerar soluções que não envolvam adultério ou qualquer outro pecado sexual. Se tem a ver com finanças, nada que envolva a mentira ou o engano, ou o ganho ilícito, será considerado. Se for assunto de família, ele de forma alguma fará algo que desonre o seu pai e sua mãe. No trabalho, ele não cobiçará o emprego do seu colega, ainda que precise de uma melhor posição. Ou seja, no seu cotidiano, todas as soluções viáveis para os problemas da vida estão de acordo com a Lei do seu Deus. Outras soluções surgirão na sua mente, certamente, mas elas serão eliminadas logo de cara, pois ele já treinou o seu consciente que aquilo que não está de acordo com o expresso desejo do Senhor, não faz parte do seu viver.

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Os Benefícios da Lei em um Mundo de Pecados

Vivemos em um vale de lágrimas (Salmos 84:6-8). Este mundo foi invadido pelas forças do mal séculos atrás e como consequência não temos sequer um dia, aliás, sequer um segundo de tréguas nesta vida. A cada milésimo de segundo em algum lugar neste mundo o inimigo das almas está torturando algum cristão com uma crueldade indescritível. Seria irreal argumentar que existe algo que o cristão possa fazer que o isente destes ataques. A função da lei de Deus no ambiente atual não é isolar o homem das investidas do exército do mal, mas sim posicioná-lo de tal forma que estas investidas não lhe causem os danos que os demônios e seus comparsas humanos intencionam: “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.” (Salmos 34:19; João 11:33; Romanos 8:28). Ou seja, o servo de Deus passa por aflições nesta vida, certamente, mas por ser um servo obediente, o Senhor sempre o livra, não permitindo que seja destruído pelo mal. Na realidade, todos os sofrimentos do servo obediente é cuidadosamente permitido e orquestrado pelo próprio Deus e possui um bom propósito, por mais que nos sejam desagradáveis quando estão ocorrendo: “Eu sei, Senhor, que tuas leis são justas e que por tua fidelidade me disciplinas. Dá-me a tua misericórdia para que eu possa viver, pois a tua lei é o meu prazer.” (Salmos 119:75,77; 1 Coríntios 11:32; Hebreus 12:10,11; Tiago 5:11; 1 Pedro 4:17,19; Apocalipse 3:19).

O Benefício da Lei de Deus para a Salvação

Todos os benefícios que obtemos através da obediência à Lei de Deus são bem-vindos, mas nenhum se compara com a salvação em importância, pois salvação significa vida eterna. Salvação se refere ao ato de ser enviado pelo Pai até Jesus para que o seu precioso sangue seja aplicado em favor do pecador (João 6:44; João 6:65). Aqui esbarramos no erro mais incrível dentro do cristianismo, que é o entendimento de que não é necessário o pecador obedecer à santa Lei de Deus para se salvar. Já escrevemos vários estudos abordando esta blasfêmia tão popular nas igrejas, mas aqui iremos cobrir pelo menos o básico, para que todos que tiverem acesso a este estudo compreendam o perigo que é crer no mais demoníaco de todos os ataques do maligno.

Ninguém, absolutamente ninguém, se salvará se conscientemente recusar obedecer à Lei de Deus. A Lei de Deus é o fator determinante da salvação em Cristo Jesus: “Feliz [Gr. μακάριος (makários) adj. bem-aventurado, abençoado, bênçãos, feliz] são os que ouvem [Gr. ακούω (akúo) v. ouvir, prestar atenção, entender, considerar] a palavra de Deus e a guardam [Gr. φυλάσσω (filásso) v. guardar, estar atento, observar]” (Lucas 11:28). Olhe bem, o oposto do que Jesus disse é que quem ouve a Palavra de Deus e não obedece a aquilo que ouviu é infeliz (ou amaldiçoado), mas por que infeliz? Infeliz porque não subirá com Cristo, muito pelo contrário, ele segue rumo à morte eterna. Esta não foi a única vez que Jesus deu este alerta, pois lemos a mesma coisa em todos os evangelhos. A razão disto é que o processo da salvação começa no momento em que o homem agrada ao Pai. Ou seja, a salvação é através do Filho, mas se inicia pelo Pai: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44). Mais claro que isto impossível. E observe que isto não veio das cartas de ninguém para ninguém. Não foi Pedro, nem Paulo, nem Tiago, mas esta verdade saiu dos próprios lábios de Jesus! Note que neste verso Jesus identifica o Pai como a origem dos dois eventos que resultam na salvação das almas: primeiro, o Pai enviou o Filho ao mundo e segundo, o Pai enviou o homem até Jesus: “se o Pai, que me enviou, não o trouxer”.

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Próximo jejum: sexta-feira, 3 de maio de 2024

A Lei de Deus nos Mantém no Caminho da Salvação

Qualquer cristão corre o risco de se desviar do caminho da salvação se negligenciar a obediência à imutável Lei de Deus. Neste mundo envolto em trevas, a Lei de Deus atua como estes pequenos refletores noturnos que as autoridades colocam nas estradas para alertar os motoristas sobre as suas faixas e extremidades. Quando estamos dirigindo em completa escuridão, é essencial que respeitemos estes alertas visuais e não nos aventuremos fora deles, se queremos chegar bem ao nosso destino, pois fora desta área pré-estabelecida para a nossa proteção, existem rios, montanhas, precipícios e muitos outros obstáculos que podem nos destruir. Deus nos transmitiu a sua Lei para que assim saibamos qual é o caminho bom, seguro, e que nos levará à vida eterna em Cristo Jesus. Uma vez que estamos dentro deste caminho certo, a perfeita Lei de Deus nos instrui para que não nos desviemos da fiel estrada e sem perceber passamos a seguir um caminho diferente daquele que de fato nos leva à Jesus e à vida eterna: “Assim diz o Senhor: Vão para as encruzilhadas e procurem pelos caminhos antigos e bons; um que os leve às bênçãos e descanso e sigam nele. Mas eles dizem: Não seguiremos!” (Jeremias 6:16). Que não sejamos assim. Que de todo o coração sigamos obedecendo a maravilhosa Lei de Deus, para que recebamos todos os benefícios que o nosso amoroso Pai concede aos seus filhos obedientes e para que o Senhor se agrade de nós e nos envie a Jesus Cristo para sermos salvos por ele e herdarmos a vida eterna. Espero te ver no céu.

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• Estudo Nº 1 – A Lei de Deus: Os Líderes e a Lei de Deus.
• Estudo Nº 2 – A Lei de Deus: A Seriedade da Lei de Deus.
• Estudo Nº 3 – A Lei de Deus: A Necessidade da Lei de Deus.
• Estudo Nº 4 – A Lei de Deus: Mudanças na Lei de Deus.
• Estudo Nº 5 – A Lei de Deus: A Classificação das Leis de Deus.
• Estudo Nº 6 – A Lei de Deus: Leis Morais e Leis Civis.
• Estudo Nº 7 – A Lei de Deus: Leis Cerimoniais.
• Estudo Nº 8 – A Lei de Deus: A Lei de Deus nos Nossos Dias.
• Estudo Nº 9 – A Lei de Deus: Quebra da Lei e Consequências.
• Estudo Nº 10 – A Lei de Deus: Obediência à Lei e Seus Benefícios.
• Estudo Nº 11 – A Lei de Deus: A Lei, o Livre Arbítrio e o Juízo Final.
• Estudo Nº 12 – A Lei de Deus: A Lei, a Igreja e a Salvação.