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Não importa a igreja que você frequenta. O sétimo dia deve ser observado por todos os cristãos.
Por Markus DaSilva
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eixe-me começar este pequeno estudo indo direto ao ponto: não existe um mandamento de Deus dizendo em que dia o cristão deve ir à igreja, mas existe um dizendo em que dia ele deve descansar. Ou seja, o cristão pode ser Assembleiano, Batista, Católico, Presbiteriano ou membro de qualquer outra denominação cristã e frequentar os seus cultos e EBDs aos domingos ou qualquer outro dia que queira, mas isso não o isenta da obrigação de descansar no dia ordenado por Deus, que é o sétimo. Eu mesmo, juntamente com minha família, já por anos frequento igrejas cujos cultos ocorrem no domingo juntamente com as EBDs, mas isso nunca fez com que eu parasse de guardar o quarto mandamento de Deus, assim como Jesus, o nosso querido Salvador, o fazia.
“Deus quis deixar mais do que claro que as bênçãos que estão reservadas para quem guarda o sétimo dia não estão limitadas aos judeus.”
Eu sei que isto pode ser algo novo para você, mas a realidade é que Deus nunca estipulou qual o dia que os seus filhos aqui na terra deveriam ir adorá-lo, nem no sábado, nem no domingo, nem segunda, terça, etc. Qualquer dia que o cristão quiser adorar a Deus, com as suas orações, louvores e estudos ele pode fazê-lo, seja a sós, em família ou em grupo. O dia em que ele se congrega com os irmãos para adorar a Deus não tem nada a ver com o quarto mandamento e não tem nada a ver com nenhum outro mandamento que veio de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.
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Se Deus de fato quisesse que no sábado (ou domingo) os seus filhos fossem ao tabernáculo, ou templo, ou igreja, obviamente ele mencionaria este importante detalhe no mandamento, mas como veremos a seguir, isto nunca ocorreu. O mandamento apenas diz que não devemos trabalhar e que não devemos forçar ninguém, nem mesmo animais, a trabalhar no dia que Ele, Deus, santificou.
Deus menciona o sábado como um dia santo (separado, consagrado) em inúmeros lugares nas Sagradas Escrituras, a começar pela semana da criação. “Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou [Heb. שׁבת (shabbat) v. parar, descansar, desistir] nesse dia de toda a obra que fizera. Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou [Heb. קדוש (kadôsh) adj. santo, consagrado, separado]; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera” (Gênesis 2:2-3). Aqui nesta primeira menção do sábado, Deus estabelece a base do mandamento que mais tarde nos daria em mais detalhes, que é : 1) O Criador separou este dos seis dias que o precederam (domingo, segunda, terça, etc.) e 2) Descansou neste dia. Obviamente sabemos que o Criador não precisa descansar, pois Deus é Espírito (João 4.24), mas utilizou desta linguagem humana, conhecido em teologia como antropomorfismo, para que entendamos o que ele espera que os seus filhos na terra façam no sétimo dia: descansar, no hebraico: shabbat.
O fato da santificação (ou separação) do sétimo dia dos demais dias ter ocorrido assim tão cedo na história da raça humana é importante porque fica claro que o desejo do Criador que descansemos especificamente neste dia não está ligado ao pecado, já que ainda não existia pecado na terra, o que é um indício que no céu e na nova terra continuaremos descansando no sétimo dia. Também observamos que não se trata de uma tradição do judaísmo, já que Abraão, que deu origem aos judeus, não apareceria em cena por vários séculos. Mas se trata sim de mostrar aos seus verdadeiros filhos na terra o seu comportamento neste dia, para que assim possamos imitar o nosso Pai, da mesma forma que Jesus o fazia. “Em verdade, em verdade vos digo que o Filho de si mesmo nada pode fazer, senão o que vir o Pai fazer; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente” (João 5:19).
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Esta foi a referência em Gênesis, que fica mais do que óbvio que o Criador separou o sétimo dia de todos os outros e que este é um dia de descanso. Mas até aqui na Bíblia o Senhor não foi específico quanto ao que o ser humano, que foi criado um dia antes, deveria fazer no sétimo dia. Somente quando o povo escolhido começou a caminhar rumo à terra prometida que Deus nos deu instruções detalhadas sobre o sétimo dia. Depois de 400 anos vivendo como escravos em uma terra pagã, o povo escolhido precisava de esclarecimentos quanto ao sétimo dia, e isto foi o que Deus escreveu Ele mesmo em uma tábua de pedra, para que todos nós entendêssemos que era Deus e não um ser humano que estava dando aquelas ordens. Vamos ver na íntegra o que Deus escreveu sobre o sétimo dia? “Lembra-te do dia do sábado [Heb. שׁבת (shabat) v. parar, descansar, desistir], para o santificar [Heb. קדש (kadesh) v. santificar, consagrar]. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho [Heb. מלאכה (m’larrá) s.f. trabalho, ocupação]; mas o sétimo dia [Heb. ום השׁביעי (uma shiví-i) sétimo dia] é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou” (Êxodo 20:8-11). O fato de Deus iniciar o mandamento com o verbo “lembrar” [Heb. זכר (zakar) v. lembrar, recordar] deixa claro que descansar no sétimo dia não era uma novidade para o seu povo, mas que devido à condição de escravidão no Egito, não podiam fazê-lo na frequência e na maneira correta. Notemos também que este é de longe o mandamento mais detalhado dos 10 que foram entregues ao povo, ocupando 1/3 dos versículos bíblicos dos mandamentos.
Poderíamos falar bem mais sobre esta passagem em Êxodo, mas quero focar no objetivo deste estudo, que é apenas mostrar que o Senhor não mencionou nada no quarto mandamento relacionado a adorar a Deus, ou a se reunir em algum lugar para cantar, ou para orar, ou para estudar a Bíblia, mas tão somente que devemos lembrar que foi este dia, o sétimo, que o nosso Criador santificou e nele descansou, e que assim como Ele, façamos o mesmo.
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A ordem que Deus nos deu de descansar no sétimo dia é tão séria que ele fez questão de expandir o mandamento para os nossos visitantes (estrangeiros), funcionários (servos) e até mesmos os animais, deixando bem claro que não seria admitido qualquer tipo de trabalho secular neste dia. Quando esteve aqui conosco, Jesus esclareceu para nós que trabalhos que envolvem a obra de Deus na terra (João 5:17), as necessidades básicas do ser humano, como o comer (Mateus 12:1), e os nossos atos de bondade para com o próximo (João 7:23) podem e devem ser feitos no sétimo dia sem quebrar o quarto mandamento.
No sétimo dia, o filho que está na terra descansa do seu trabalho, imitando assim o seu Pai que está no céu. Ele também adora a Deus e se deleita na sua lei, não só no sétimo dia, mas todos os dias da semana. O filho de Deus ama e tem prazer em obedecer a tudo aquilo que o seu Pai lhe ensinou. “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite” (Salmos 1.1-2. Ver também: Salmos 40.8; 112.1; 119.11; 119.35;119.48; 119.72; 119.92; Jó 23.12; Jeremias 15.6; Lucas 2.37; 1 João 5.3).
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Deus usou o profeta Isaías como o seu porta-voz para fazer uma das mais lindas promessas da Bíblia para aqueles que lhe obedece observando o dia de sábado como um dia de descanso: “Se vigiares o teu pé para não profanar o sábado, e deixares de fazer o que bem quiseres no meu santo dia; se chamares ao sábado de deleitoso, de digno de honra é o santo dia do Senhor; se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem te ocupando com os teus afazeres, nem falando palavras vãs; então te deleitarás no Senhor, e eu te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse” (Isaías 58:13-14). Amém? Que promessa especial ligada ao sétimo dia; especialmente para aqueles que procuram pelas bênçãos de Deus. Mas a este mesmo profeta, o Senhor foi mais além, Deus quis deixar mais do que claro que as bênçãos que estão reservadas para quem guarda o sétimo dia não estão limitadas aos judeus. Olhe só o que o Criador prometeu aos gentios. “E aos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu pacto, sim, a esses os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (Isaías 56:6-7).
O cristão obediente, seja ele um judeu messiânico ou um gentio, descansa no sétimo dia porque este, e não outro, foi o dia que o Senhor lhe instruiu que descansasse. Se ele quer interagir com o seu Deus em grupo, se quer adorar a Deus com os seus irmãos e irmãs em Cristo, ele pode fazê-lo sempre que existir oportunidade, o que geralmente ocorre aos domingos e também às quartas-feiras ou quintas-feiras quando várias igrejas têm cultos de oração, culto de doutrinas, curas, etc.
Tanto os judeus no período bíblico como os judeus ortodoxos modernos, vão às sinagogas aos sábados porque obviamente é mais conveniente, já que neste dia não trabalham em obediência ao quarto mandamento. O próprio Jesus ia ao templo aos sábados regularmente, mas em nenhum momento deu a entender que ia ao templo no sétimo dia porque isso fazia parte do quarto mandamento, porque simplesmente não faz. Jesus se ocupava todos os sete dias da semana em terminar a obra do seu Pai (João 4.34), e no sábado era no templo que encontraria o maior número de pessoas que precisavam ouvir a mensagem do Reino (Lucas 4.16).
Irmãos, não é necessário falar mais do que já falei neste estudo. Qualquer cristão que de fato ama a Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, e que tem como o maior interesse agradá-lo em tudo na vida, pode ver claramente que é impossível agradar ao Senhor se não estivermos dispostos a obedecer a todos os seus mandamentos, incluindo o de descansar no sétimo dia assim como Ele descansou. A obediência que Deus aceita é aquela semelhante à de uma criancinha ao pai que ama e confia, sem questionamento; e não uma obediência onde a pessoa se vê em posição de mudar isso ou aquilo, até que se adapte ao seu gosto pessoal. Isso não é obediência. Foi isso o que Jesus quis dizer quando falou. “Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” (Mateus 18.2-4). Aquele que diz amar a Cristo e não está disposto a obedecê-lo em tudo, está enganando a si mesmo. “Aquele que tem os meus mandamentos [Gr. εντολή (endolí) s.f. ordem, comando, regra, mandamento] e os guarda [Gr. τηρέω (tiréo) v. guardar, vigiar, manter, preservar], esse é o que me ama [Gr. αγαπάω (agapáo) v. amar]; e aquele que me ama será amado de meu Pai [Gr. πατήρ (patír) s.m. Pai], e eu o amarei, e me manifestarei [Gr. εμφανίζω (emfanízo) v. revelar, aparecer, mostrar] a ele” (João 14:21).
Muito obrigado por nos apoiar nesta grande batalha que está sendo travada pelas almas à medida que nos aproximamos mais e mais daquele grande dia.
Vamos nos encontrar no céu? Se Deus quiser nos veremos lá.
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