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Por Markus DaSilva
A essência do evangelho é a cruz.
A essência da cruz é o sacrifício.
A essência do sacrifício é a redenção.
A essência da redenção é a graça.
A essência da graça é o amor.
A essência do amor é Deus.
Existem duas cruzes no plano de salvação. Ambas ligadas aos filhos de Deus e ambas envolvem sofrimento e morte. A primeira, e maior das cruzes, é a do filho unigênito do Pai, Jesus (João 3:16). Se Jesus não estivesse disposto a carregar e morrer na cruz, não existiria o evangelho e continuaríamos perdidos nas nossas transgressões, sem qualquer esperança de sermos salvos: a essência do evangelho é a cruz: “mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fil 2:7-8).
“Morremos na cruz quando este mundo, com seus prazeres e valores, não mais nos interessa; morremos quando a única coisa que almejamos na vida é estarmos com Cristo.”
Esvaziando-se do Eu na Obediência
Como parte do processo de redenção, notemos algo importante que Jesus fez que precede a cruz: Ele esvaziou-se em humilhação para assim ser obediente. Obediente a quem? Ao Pai. Ou seja, Jesus, o nosso grande exemplo de vida demonstrou uma obediência ao Pai sem limites ao deixar a mais exaltada posição do universo, que é a posição de ser um com Deus (João 10:30), e viver por cerca de 33 anos como um dos seres mais baixos do mundo criado, que é o ser humano sob o poder do pecado, e culminando com uma morte reservada para os piores dos criminosos: “… suportou a cruz, desconsiderando qualquer vergonha [ou humilhação]” (Heb 12:2). Este é de fato o nosso grande alvo: um viver voltado tão somente em fazer a vontade do Pai: “Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo morreu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais os seus passos” (1Pe 2:21).
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No início do estudo, mencionei duas cruzes. A primeira, foi aquela levada por Jesus em perfeita submissão ao Pai. A segunda cruz, pertence a nós; nós, que somos filhos de Deus por adoção (Gal 4:5) e que, como filhos, procuramos viver o tempo que nos resta neste mundo com o mesmo foco em fazer a vontade do Pai que vimos em Jesus: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra” (João 4:34).
Carregar a Nossa Cruz não é Opcional
Quando falamos em carregar a nossa cruz, primeiro, Devemos entender que, para quem quer ir morar com Deus, carregar a nossa cruz não é opcional. Se a recusarmos, não subiremos. Jesus dizia a todos: “Se alguém quiser me acompanhar, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Luc 9:23). No grego, o uso da partícula condicional “se” [Gr. ει (i) se] denota o mesmo que em qualquer língua: uma opção. Ou seja, ninguém é obrigado a seguir a Jesus. De fato, quando Jesus disse essas palavras foram poucos aqueles que quiseram segui-lo tão somente para estar com Ele. Sim, muitos o procuravam pelos sinais e a comida de graça (João 6:2; João 6:26), mas pouquíssimos realmente queriam segui-lo. Uma vez que o homem decide que irá segui-lo, no entanto, ele terá que carregar a sua cruz. Caso ele recuse a cruz que lhe for enviada, então ele não está seguindo a Jesus, ainda que no seu entendimento eles insista que sim: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mat 7:21).
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O Significado de Negar a si Mesmo
Aqui podemos ver que a condição para ser um servo é obedecer a Cristo; obedecer contrário àquilo que queremos. Deixe-me ser direto: se todos os dias você não deixar de ver, ler, ouvir ou praticar alguma coisa por causa de Jesus, então você não negou a si mesmo, não está carregando a sua cruz, e não é um discípulo. Muitos parecem não entender o significado de negar a si mesmo. Eles estão dispostos a seguir a Jesus, mas apenas fazendo aquilo que gostam. Por mais absurdo que seja, no seu dia a dia muitos cristãos regularmente recusam a dizer não àquilo que gostam e ao mesmo tempo entendem que estão negando a si mesmos.
Carregar uma Cruz Envolve Sofrimento
Como já disse, cruz envolve sofrimento e morte. Dizer não ao eu dói. Recusar um prazer, perder um amigo, interromper um relacionamento, abandonar um vício, tudo isso causa sofrimento, mas temos que fazê-lo. Temos que carregar a nossa cruz até morrermos nela (1Cor 15:31). Morremos na cruz quando este mundo, com seus prazeres e valores, não mais nos interessa; morremos quando a única coisa que almejamos na vida é estarmos com Cristo: “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e desejos” (Gal 5:24).
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Próximo jejum: sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
Queridos, nossos dias estão contados (Jó 14:5). Imploro que não troquem a eternidade por este mundo tão passageiro, mas ao contrário, busquem com toda a alegria a mansão celestial que lhes aguarda. Acordem! “Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos” (Rom 13:11). Espero te ver no céu.
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