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Estudo Bíblico Sobre os Mandamentos de Jesus: Parte 12
Por Markus DaSilva
Esta foi mais uma série difícil. Difícil por ser um assunto extremamente sério, e também porque nos foi claro que não tínhamos tempo a perder. Escrevemos estes 12 estudos da série em apenas seis semanas, um tempo recorde para o nosso ministério. Durante esse período os ataques de Satanás foram intensos e agradecemos aos nossos queridos leitores pelas orações, que sem sombra de dúvidas foram essenciais. Ainda que tudo isto ocorra na esfera espiritual e não podemos experienciar com os sentidos do corpo, pela fé sabemos da constante batalha sendo travada por cada uma das almas que o Senhor decide encaminhar a estes estudos. Esta é uma guerra que se inicia quando recebemos a inspiração, escrevemos, enviamos e publicamos os estudos. Em seguida, a batalha continua do outro lado, quando cada irmão e irmã acessa o estudo. Batalha para que não o leia, para que não o leve a sério, para que não o repasse… quando uma outra alma recebe o estudo, talvez de um parente ou amigo, começa tudo de novo, e assim seguirá até quando o Senhor quiser. Só do outro lado da eternidade teremos uma melhor ideia do alcance que foi a obra que nos foi confiada.
“Jesus não nos autorizou a adaptar, melhorar, atualizar ou adicionar absolutamente nada em cima das suas palavras.”
A Inspiração da Bíblia e as Doutrinas de Homens
Antes de continuar, quero deixar algo muito claro: toda a Bíblia é inspirada por Deus (2Tim 3:16), mas nem todas as doutrinas que os homens defendem usando a Bíblia vem de Deus. Toda a Bíblia é inspirada por Deus, mas toda a verdadeira inspiração possui como fonte Jesus, que é o Verbo de Deus: “E o Verbo [λόγος (lógos) s.m. palavra, verbo; tit.div. Jesus] se fez carne [Gr. σάρξ (sárks) s.f. carne; fig. ser humano, natureza humana], e habitou [Gr. σκηνόω (skinóo) v. morar, residir] entre nós, cheio de graça [Gr. χάρις (rráris) s.f. agrado, graça, favor, valor, mérito] e de verdade [Gr. αλήθεια (álithia) s.f. verdade, dependência, integridade]; e vimos a sua glória [Gr. δόξα (dóksa) s.f. glória, esplendor, brilho, honra], como a glória do unigênito do Pai [Gr. μονογενούς παρά πατρός (monoguenús pará Patros) Lit. de apenas um único nascido com um Pai]” (João 1:14).
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Não Existe a Possibilidade de Alguém se Salvar Rejeitando as Palavras de Jesus
Mas continuando. Esta série lidou com um assunto de vida ou morte, que é a obediência às palavras de Jesus, o Filho unigênito de Deus por essência (João 10:30). De uma forma especial, abordamos um ponto de extrema relevância nestes últimos dias que é a possibilidade de o cristão receber a vida eterna sem que seja necessário obedecer às palavras de Cristo. Cada vez mais vemos igrejas surgindo no mundo inteiro tendo como principal doutrina a ideia diabólica de que a graça da salvação remove toda a necessidade de obediência às palavras do Senhor. A nossa posição foi bem clara que não existe a menor chance do cristão, adulto e mentalmente capaz, intencionalmente e conscientemente recusar a obedecer a Cristo, e mesmo assim receber as boas vindas naquele grande dia, quando os livros serão abertos e tudo o que foi feito, bom ou mau, for revelado: “E vi os mortos [Gr. νεκρός (nekrós) adj. morto; fig. espiritualmente morto, inativo], grandes e pequenos, em pé diante do trono [Gr. θρόνος (thrônos) s.m. trono; fig. reinos espirituais] e abriram-se uns livros [Gr. βιβλίον (vivlíon) s.m. livro, pergaminho, rolo, escrito]; e abriu-se outro livro, que é o da vida [Gr. ζωή (zoí) s.f. a vida por completo, alma e corpo]; e os mortos foram julgados [Gr. κρίνω (krino) v. julgar, condenar, decidir] pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras [Gr. έργον (érgon) s.n. ação, ato, ocupação, obra]” (Apo 20:12. Ver também Mat 25:34).
As Instruções de Jesus Sobre a Nossa Salvação
Ninguém sabe ao certo quanto tempo durou o ministério de Jesus. Sabemos que se iniciou quando o nosso querido Salvador tinha em torno de 30 anos, mas a sua idade na crucifixão não nos foi revelada. Historiadores costumam dizer entre 33 a 36 anos, mas esta é uma especulação, baseada em grande parte nos nomes dos vários governantes romanos mencionados na Bíblia; em escritos seculares, nos arquivos históricos do império e também nos festivais judaicos relatados durante o período. Mesmo que concordemos com a idade mais popularmente aceita que é a de 33 anos, temos então três anos em que Jesus nos instruiu quanto a como os escolhidos do Pai receberiam a salvação. Três anos de contínua instruções quanto a tudo aquilo que consiste o plano de salvação que se fez necessário por causa da desobediência dos nossos pais no Jardim do Éden (Rom 5:19). Tudo o que precisamos saber para sermos salvos o Pai confiou no seu Filho unigênito. A Jesus foi passado todos os detalhes referentes a como o homem pecador poderá ser declarado justo e conseguir acesso ao Pai. Para que não houvesse a menor dúvida quanto à missão dada a Jesus de ser o único mensageiro enviado diretamente do Pai, o próprio Deus resolveu, na frente de três testemunhas oculares, glorificar ao Filho e confirmar que de fato Ele era o seu porta-voz: “Eis que uma nuvem brilhante [Gr. φωτεινός (fotinós) adj. cheio de luz, brilhante] os cobriu [Gr. επισκιάζω (episkiázo) v. lançar sombra, obscurecer]; e dela saiu uma voz [Gr. φωνή (foní) s.f. voz, som] que dizia: Este é o meu Filho amado [Gr. υιός μου ο αγαπητός (yiós mu o agapitós) Lit. Filho meu, o amado], em quem me deleito [Gr. ευδοκέω (idokéo) v. estar satisfeito com, se deleitar em, ter prazer em]; escutem [Gr. ακούω (akúo) v. ouvir, prestar atenção, entender, considerar] o que ele diz!” (Mat 17:5. Ver também: João 12:48-50. Comparar com Exo 20:19).
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Deus Designou o Seu Filho Como o Seu Porta-Voz Para a Salvação
Notemos logo de imediato, que a ordem que o próprio Deus nos deu foi bem específica: “escutem o que ele diz” [Gr. ακούετε αυτού (akúete aftú)]. Ou seja, Deus designou somente a Jesus esta tarefa de transmitir até a nós tudo o que precisamos saber referente à nossa salvação. O próprio Jesus confirmou esta missão quando nos disse: “Quem me rejeita [Gr. αθετέω (athetéo) v. rejeitar, desprezar, ignorar], e não recebe as minhas palavras [Gr. ρήμα (rima) s.n. palavra, ensino, mensagem, instrução], já tem quem o julgue [Gr. κρίνω (krino) v. julgar, condenar, decidir]; a palavra [λόγος (lógos) s.m. palavra, ensino, verbo; tit.div. Jesus] que tenho pregado, essa o julgará no último dia [Gr. τη εσχάτη ημέρα (ti esrráti iméra) exp.idio. o último dia, fim do mundo]. Porque eu não falei [Gr. λαλέω (laléo) v. falar, conversar, declarar] por mim mesmo; mas o Pai [Gr. πατήρ (patír) s.m. Pai], que me enviou [Gr. πέμπω (pémpo) v. enviar, despachar], esse me deu ordem [Gr. εντολή (endolí) s.f. ordem, comando, regra, mandamento] quanto ao que dizer e como falar. E sei que a sua ordem [endoli] é vida eterna [Gr. ζωήν αιώνιον (zoin eônion) s.f. vida; adj. eterna]. Aquilo, pois, que eu falo, falo-o exatamente como o Pai me disse [Gr. είπον (ipon) v. falar, dizer, ordenar]” (João 12:48-50).
Não Existem Profecias Sobre o Envio de um Outro Mensageiro Depois de Jesus
Esta ordem que Deus nos deu: “escutem o que ele diz”, possui o peso inclusivo e exclusivo. Não nos foi dito que além das instruções dadas por Jesus deveríamos também procurar informações adicionais depois que Jesus subisse aos céus. Não existe nenhuma profecia que dê a entender, ainda que superficialmente, que após Jesus viria alguém com instruções adicionais para a nossa salvação, seja este alguém dentro ou fora do cânon bíblico. Para ser mais específico, além das palavras de Jesus, Deus não nos mandou procurar instruções adicionais através de Pedro, João, Tiago, Paulo, Ambrósio, Agostinho, Lutero, Armínio, Calvino, Wesley, Spurgeon, Lewis… e qualquer outro ser humano, homem ou mulher, famoso ou desconhecido, que já surgiu ou surgirá dentro do cristianismo. Obviamente, me incluo nesta lista. O único evangelho a ser pregado por nós é o de Jesus e em completa harmonia com as suas palavras. Sim, porque muitos insistem que pregam o evangelho de Cristo, mas poucos pregam o que Ele pregava
Devemos Pregar Somente Aquilo Que Jesus Ensinou
Todos nós cristãos somos mensageiros de Deus, e procuramos pregar o evangelho em obediência à grande comissão nos dada por Jesus, um pouco antes da sua ascensão ao Pai: “Portanto, ide, fazei discípulos [Gr. μαθητεύω (mathitéo) v. discipular, fazer discípulo] de todas as nações [Gr. έθνος (éthnos) s.n. nação, gentios, tribo, multidão], batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os [Gr. διδάσκω (didásko) v. ensinar, instruir, explicar] a observar [Gr. τηρέω (tiréo) v. guardar, vigiar, manter, preservar] todas as coisas que eu vos tenho ordenado [Gr. εντέλλω (endélo) v. ordenar, dar instruções]; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos [Gr. της συντέλεια του αιώνος (tis sidélia tu aionos) exp.idio. a consumação dos séculos, fim dos tempos]” (Mat 28:19-20).
Mas note que Jesus não nos autorizou a adaptar, melhorar, atualizar ou adicionar absolutamente nada em cima das suas palavras, mas sim que devemos repassar às pessoas “todas as coisas que eu vos tenho ordenado”. Todos os ensinos de homens referentes à salvação, deverão então se amoldar às palavras de Jesus e não o contrário. Este é um ponto importante, pois frequentemente os falsos mestres, quando são confrontados, procuram fazer com que as palavras de Jesus se enquadrem nas suas doutrinas, e estas, por sua vez, são baseadas em outras fontes que não são as palavras de Jesus. Neste caso as palavras de Jesus, ou são ignoradas, ou colocadas em segundo plano, para que assim possam propagar as suas agendas malignas e ao mesmo tempo insistir que estão fazendo a obra de Deus. Deus não está com nenhum ministério, a menos que este pregue uma mensagem 100% em harmonia com as palavras de Jesus.
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Próximo jejum: sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
As Palavras de Jesus Devem Ser a Única Base Para os Ensinos Sobre a Salvação de Almas
Os primeiros evangelistas foram os apóstolos e discípulos originais de Cristo. Todos eles se mantiveram fiéis aos mandamentos de Jesus, pois eram guiados pelo Espírito Santo. A maior parte do que pregaram, no entanto, não ficou registrado por escrito. Sem entrar em detalhes, pois este não é o assunto desta série, de acordo com o plano de Deus, poucos entres os primeiros seguidores de Jesus tiveram a oportunidade de publicar os ensinos do nosso Mestre, e estes são os escritos que atualmente conhecemos como o Novo Testamento. Toda a Bíblia, Velho e Novo Testamentos, possui instruções para que o homem viva de uma forma que seja agradável a Deus e todos os livros se harmonizam. Embora tenhamos apenas uma Bíblia, a forma como o homem interpreta os seus ensinos, porém, difere grandemente, como bem sabemos. Se não fosse este o caso, não teríamos tantas denominações dentro do cristianismo. Esta é a razão pela qual as palavras de Jesus, e tão somente elas, deverão ser a base de todo o ensino que tem a ver com a salvação de almas. Qualquer outro escrito, de qualquer outro autor, seja na Bíblia ou fora dela, deverá ser entendido a partir das palavras de Jesus.
Toda a Verdadeira Doutrina Precisa se Encaixar Com as Palavras de Jesus
Colocando de uma forma ainda mais clara. Não podemos de forma alguma pegar uma doutrina que entendemos estar contida nas cartas de Pedro, ou João, ou Tiago, ou Paulo, e ignorar as palavras de Jesus para confirmar se a doutrina de fato procede de Deus. Nem podemos procurar encaixar o que Jesus nos disse dentro desta doutrina, pois neste caso a base não seria Jesus e sim um ser humano. Um grande exemplo deste erro tem sido o entendimento sobre a graça da salvação. Estes absurdos que temos vistos dentro das nossas igrejas não ocorreriam de forma alguma, se os nossos teólogos e líderes fizessem os seus estudos e chegassem às suas conclusões a partir das palavras de Jesus e não a partir do que eles entendem dos escritos de Paulo, ou a partir dos livros de autores extrabíblicos, como Agostinho, Lutero, Calvino e outros. Todos esses, e centenas mais, podem ter sido grandes nomes usados por Deus na disseminação do evangelho, mas a respeito de nenhum deles ouviu-se uma voz do céu dizendo: “escutem o que ele diz”, apenas Jesus.
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Os Amantes da Falsa Graça e Suas Mensagens
Já disse e agora repito: Não existe salvação sem obediência às palavras de Jesus, pois “ainda que era Filho, aprendeu a obediência [Gr. υπακοή (ipakoí) s.f. odediência] por meio daquilo que sofreu [Gr. πάσχω (pásrro) v. sofrer, receber sofrimento]; e, tendo sido aperfeiçoado [Gr. τελειόω (telióo) v. completar, tornar perfeito, atingir o objetivo], veio a ser autor de eterna salvação [Gr. σωτηρία (sotiria) s.f. salvação, libertação] para todos os que lhe obedecem [Gr. υπακούω (ipakúo) v. seguir as instruções, obedecer à ordens]” (Heb 5:8-9). Os defensores da falsa graça, amantes de si mesmos, quando confrontados com esta verdade, nunca demonstram a coragem de negar abertamente este fato incontestável. Ou seja, eles nunca dizem: “Podemos sim desobedecer à Jesus e mesmo assim ganhar a vida eterna!” Pois sabem que se falassem com essa honestidade perderiam muitos dos seus seguidores. O que fazem então é utilizar de expressões puramente filosóficas para assim confundir a mente das pessoas.
Três dos Enganos Sutis da Falsa Graça
Exploraremos agora as três expressões que frequentemente ouvimos dos defensores da falsa graça. Não temos tempo neste estudo de nos aprofundar em demasia nestes argumentos antibíblicos que utilizam, mas não poderíamos encerrar a série sem dar pelo menos uma ideia dos enganos contidos nestas frases, pois é muito fácil ser levado por suas aparências de verdade, uma vez que possuem grande teor poético e soam bem aos ouvidos. Quando analisadas dentro do contexto do evangelho de Cristo, todavia, vê-se facilmente que não passam de argumentos vazios, com o claro objetivo de cancelar as palavras de Jesus e retirar do homem a responsabilidade que ele tem para com Deus. Deus, porém, nunca se deixou levar por subterfúgios, sejam eles invenções de homens ou demônios.
Primeiro Engano: A Remoção Do Temor De Deus
A primeira destas expressões é: “Obedecemos por amor e não para sermos salvos”. Este engano tem como objetivo fazer com que as pessoas não temam a Deus. Obviamente esta frase soa muito bem aos ouvidos, mas nem de longe se aproxima do que Deus nos ensinou nas Escrituras. Todas as vezes que o Senhor nos deu os seus mandamentos ele foi claro que haveria consequências se não fossem obedecidos, a começar com o primeiro mandamento que foi dado a Adão e Eva no Éden: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gen 2:17). Note que Deus não disse que não comessem da árvore por amor a Ele, mas sim porque se comessem, morreriam. No Novo Testamento também foi o mesmo, conforme podemos comprovar no verso mais conhecido da Bíblia: “Porque Deus amou [Gr. αγαπάω (agapáo) v. amar] o mundo [Gr. κόσμος (kósmos) s.m. mundo; fig. habitantes da terra] de tal maneira que deu o seu Filho unigênito [Gr. υιον μονογενή (yion monoguení) Filho único], para que todo aquele que nele crê [Gr. πιστεύω (pistévo) v. crer, confiar, estar persuadido] não se perca [Gr. απόλλυμι (apólimi) v. se perder, arruinar, desperdiçar, destruir, perecer, morrer], mas tenha a vida eterna [Gr. ζωήν αιώνιον (zoin eônion) vida eterna]” (João 3:16). Se não cremos, morremos eternamente. Mais uma vez, a ênfase está no temor a Deus e não no amor do homem para com Deus.
A Inversão das Palavras de Jesus
Esta frase: “Obedecemos por amor e não para sermos salvos”, também inverte as palavras de Cristo, que foram: “Se me amas obedecereis às minhas palavras” (João 14:23) para: “Se obedecerdes às minhas palavras, que seja por amor.” Como se o homem por natureza deseja muito obedecer ao Senhor, mas precisa que Jesus o instrua quanto à correta motivação. Como se Jesus estivesse cercado de pessoas obedientes, só que infelizmente estavam obedecendo pelo motivo errado.
Note que Jesus começou a frase com a conjunção adverbial condicional “Se” [Gr. εάν (ián) conj. se, caso, já que]. Jesus disse que os que falam que o amam são muitos, mas os que o obedecem são poucos. Apenas os que o obedecem, podem de fato falar que o amam. Esta frase não tem nada a ver com: primeiro ame, depois obedeça, como atualmente se ensina. Se for feito uma pesquisa na rua e perguntar se as pessoas amam ao Senhor, praticamente todos dirão que sim, mas pergunte se andam em obediência às suas palavras e as respostas, se forem honestos, serão bem diferentes. Foi exatamente isso o que Jesus quis dizer com as palavras: “Aquele que tem os meus mandamentos [Gr. εντολή (endolí) s.f. ordem, comando, regra, mandamento] e os guarda [Gr. τηρέω (tiréo) v. guardar, vigiar, manter, preservar], esse é o que me ama [Gr. αγαπάω (agapáo) v. amar]; e aquele que me ama será amado de meu Pai [Gr. πατήρ (patír) s.m. Pai], e eu o amarei, e me manifestarei [Gr. εμφανίζω (emfanízo) v. revelar, aparecer, mostrar] a ele” (João 14:21).
A fé em Jesus que leva à salvação ocorre exatamente quando obedecemos, ainda que contrário ao que realmente queremos. Ainda que inicialmente não possuímos o amor a Jesus que gostaríamos. Não queremos obedecer, mas mesmo assim obedecemos, esta é a definição correta da fé.
Segundo Engano: Jesus Ensinava o Caminho da Salvação Para Quem já Estava Salvo
A segunda frase filosófica que amam usar e que não tem o menor respaldo nas escrituras, e nem faz o menor sentido, é que “não obedecemos para sermos salvos, mas porque fomos salvos”. Como se Jesus só pregava a obediência para aqueles que já estavam salvos e o seguiam. Estes amantes de si mesmos, como sempre, intencionalmente ignoram o fato de que Jesus repetidamente pregava o arrependimento e a obediência para os perdidos, ou seja, como condição para a salvação e não como uma consequência: “Se alguém vier a mim, e não odiar [Gr. μισέω (miséo) v. odiar, detestar] a pai [Gr. πατήρ (patír) s.m. pai (biológico)] e mãe; a mulher [Gr. γυνή (guiné) s.f. mulher, esposa] e filhos; a irmãos [Gr. αδελφός (adelfós) s.m. irmão no físico ou espiritual; fig. companheiro, colega] e irmãs; e ainda também à própria vida [Gr. ψυχή (psirrí) s.f. alma, vida, mente, individualidade], não pode ser meu discípulo [Gr. μαθητής (mathitís) s.m. aprendiz, discípulo, aluno, seguidor]” (Luc 14:26). Em outras palavras, para ser salvo e tornar-se um dos seus, a pessoa teria que aceitar a condição de Jesus. Se o indivíduo recusasse a obedecer, então ele não seria um dos seus. Mas os pregadores da falsa graça usam este argumento puramente filosófico para que assim possam seguir amando a sua vida neste mundo, uma vez que a frase deles faz com que a obediência à Jesus se torne opcional. Colocando de uma forma ainda mais simples: Eles ensinam que a pessoa está salva e, portanto, deve obedecer. Note, porém, que uma vez que a pessoa está salva então a obediência ou a desobediência não fará nenhuma diferença quanto à salvação. Irmãos, Jesus nunca ensinou tal coisa.
Terceiro Engano: O Salvo Não Precisa Lutar Contra a Carne Pois Ele Naturalmente Obedece à Jesus
E a última destas frases vazias, que no momento recordo, é a de que “a pessoa salva naturalmente obedecerá às palavras de Jesus”. Outra vez, o objetivo desta expressão diabólica é fazer com que o cristão não leve a sério as palavras de Jesus sobre a obediência às suas palavras. Ou seja, quem aceita este argumento falso imagina que a obediência é algo que surgirá naturalmente no seu coração, e que Deus lhe dará o desejo de obedecer quando Ele quiser. Em outras palavras, o homem tira de si a responsabilidade e a coloca em Deus. Esta tática nunca funcionou para Deus. Adão tentou utilizá-la quando disse: “A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi” (Gen 3:12). A responsabilidade de obedecer às palavras de Jesus é nossa e nossa somente. Quem o obedece, prova que o ama e será salvo, quem não o obedece é porque não o ama e não receberá a salvação, bem simples (João 14:21).
Apenas o Crer em Jesus, Seguido da Obediência às Suas Palavras, Nos Salvará
Amados, terminamos esta série implorando que não se deixem enganar pelos falsos mestres que estão surgindo de todos os lados à medida que o fim se aproxima: “Filhinhos [Gr. παιδίον (pedíon) s.n. criança, criancinha; fig. pessoa inocente, simples], esta é a última hora [Gr. εσχάτη ώρα (esrrati ora) exp.idio. última hora]; e, conforme ouvistes que vem o anticristo [Gr. αντίχριστος (andícristos) s.m. anticristo; quem se opõe a Cristo], já muitos anticristos se têm levantado [Gr. γίνομαι (guínome) v. tornar-se, surgir, ser feito; aparecer]; por onde conhecemos que é a última hora” (1Jo 2:18). Esta é a hora de não se deixar levar pelas aparências. Lindas igrejas, belos louvores, letras comoventes, pregadores famosos, sermões engraçados, nada disso trará qualquer benefício às almas naquele grande dia, mas tão somente o crer para a salvação, que é o crer em Jesus demonstrado pela obediência às suas palavras. Este é o momento de não seguir ensinos errados simplesmente porque milhares estão fazendo. No juízo final cada alma responderá por si mesma: “E por que me chamam de Senhor [Gr. κύριος (kírios) s.m. senhor, proprietário, patrão, mestre, dono; tit.div. Jesus], Senhor, e não fazem [Gr. ποιέω (pieó) v. fazer, atuar, obedecer, praticar, executar] o que lhes digo?” (Luc 6:46). Espero te ver no céu.
Nesta Série de Estudos Bíblicos:
- Estudo Nº 1 – Os Mandamentos de Jesus: A Cegueira Espiritual.
- Estudo Nº 2 – Os Mandamentos de Jesus: O Verbo se Fez Carne.
- Estudo Nº 3 – Os Mandamentos de Jesus: Os Mandamentos de Jesus.
- Estudo Nº 4 – Os Mandamentos de Jesus: Os Judeus e a Obediência.
- Estudo Nº 5 – Os Mandamentos de Jesus: Pedro e a Obediência.
- Estudo Nº 6 – Os Mandamentos de Jesus: João e a Obediência.
- Estudo Nº 7 – Os Mandamentos de Jesus: Tiago e a Obediência.
- Estudo Nº 8 – Os Mandamentos de Jesus: Paulo e a Obediência.
- Estudo Nº 9 – Os Mandamentos de Jesus: A Graça e a Obediência.
- Estudo Nº 10 – Os Mandamentos de Jesus: A Igreja Primitiva e a Obediência.
- Estudo Nº 11 – Os Mandamentos de Jesus: A Igreja Moderna e a Obediência.
- Estudo Nº 12 – Os Mandamentos de Jesus: A Salvação e a Obediência.
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